quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Safismo = Lesbianismo

Em 1869 surgiu a palavra homossexualidade, pelo escritor e jornalista austro-húngaro Karl-Maria Kertbeny. Historiadores afirmam que apesar do termo ser recente, a homossexualidade existe desde os primórdios da humanidade. Esse termo engloba tanto homens, quanto mulheres.

Uma lésbica é uma mulher homossexual. Mas assim como os gays, o lesbianismo já existe desde o princípio da humanidade. A poetisa Safo foi a primeira representante do amor entre mulheres registrada pelos historiadores. Ela viveu entre os séculos VI e VII a.C. na Ilha de Lesbos, que era o lugar onde se cultuava a beleza feminina.

Safo originalmente escrevia poemas com temas amorosos dirigidos a mulheres assim como descrevia a sua beleza com um conteúdo mais sedutor envolvendo-as. Daí surgir o termo safismo que tem o mesmo significado de lesbianismo. Nesta época as práticas homossexuais eram aceitas sem restrição.

Passados anos, depois que a religião tornou-se o centro do conhecimento, as práticas sexuais homo afetivas foram consideradas heresias. Mulheres que praticavam a homossexualidade eram condenadas pela Santa Inquisição e queimadas na fogueira, junto com as outras mulheres consideradas bruxas. Todas fugiam ao padrão estabelecido pela Igreja.

A Revolução Russa em 1917 trouxe mulheres famosas e assumidas sexualmente lésbicas ao foco da sociedade.

Lesbianismo no Brasil – Apesar das mudanças radicais que estão acontecendo no Brasil e no mundo, com as lésbicas assumindo sua sexualidade, elas ainda é alvo de muita discriminação na atualidade.

Essa discriminação geralmente começa no próprio lar, depois se estende a escola e ao trabalho.

Algumas empresas já estão concedendo benefícios, como planos de saúde a parceiros de seus funcionários homossexuais. O Banco HSBC, por exemplo, já permite a inclusão de companheiros (as) do mesmo sexo de seus funcionários no benefício de planos médicos e odontológicos.

Certos órgãos governamentais também estão fazendo o mesmo. Por exemplo, uma estrangeira lésbica que estabelecer uma relação estável com uma cidadã brasileira tem direito desde 2004 ao visto de residência, temporário ou permanente, no Brasil. O mesmo é válido para casais homens.

Qualquer mulher pode ser lésbica, não importando sua aparência, comportamento, status social, lugar de origem, estado civil, profissão, religião, etc... Nem todas as lésbicas têm certa aparência e comportamento conforme o estereotipo popular demonstra.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Equilibrium, Estética e Emoção





Abaixo, considerações sobre o filme Equilibrium, Estética e Emoção.

Desequilibrium
Por El Ton




Venha para Libra, um bom lugar para se viver (NOT):
- Aqui seu filho te azucrina e manda em você quando você está no conforto do seu lar.
- Aqui a vida de um cachorro vale mais que a vida humana (mesmo para aqueles que "sentem")
- Aqui O "PAI" fala o dia inteiro no seu ouvido, com uma voz de Cid Moreira narrando a bíblia.
- Diversas opções de cortes de cabelo: boi lambeu, sorvete, ou careca.
- Infinitas opções de cores para suas roupas, móveis e paredes: preto, branco e cinza, cinza clarinho, cinza metal, cinza escuro, e cor de burro quando foge.
- Todos os carros são do modelo Santana (disponível somente na cor branca).
- Aqui a polícia não dá tiro em você. Eles atiram tão mal, que a unica coisa que eles conseguem acertar são cachorros presos ou figurantes da resistência que morrem coreografando alguma música da Lady Gaga.

Piadas à parte, vamos espremer os limões do primo pobre de Matrix, intitulado Equilibrium.

Direto ao ponto da única cena que vale a pena no filme, John Preston, já sob o efeito de sentimentos, encontra um quarto secreto onde há diversos objetos guardados. Esta cena demonstra o efeito emocional que diariamente os objetos tem sobre as pessoas. E não somente os objetos, os sons, cheiros, formas, imagens, estão sempre associadas a momentos, lembranças, sentimentos. Esta sala demonstra também uma dualidade entre a estética encontrada na arquitetura da cidade totalitária de equilibrium e aquela sala secreta, que mais parecia um buraco no tempo. Cores e formas saltam à vista após cenas e mais cenas de nada mais que preto, branco e cinza.

O filme tentou ainda (sem sucesso) pegar carona da estética do filme Matrix, lançado 3 anos antes. Sobretudos pretos; tiroteios desenfreados onde uma ou duas pessoas enfrentam 50 e saem ilesas; cenários pós-apocalipticos de devastação em contraponto a ambientes predominantemente brancos e pretos; uma luta doida que tenta justificar o tiroteiro para tudo quanto é lado; e até um morpheus em sua versão "slim" arranjaram para este filme.

Ainda não acredita na chupada? Veja a capa do filme.







Observações:

1) Kurt Wimmer, roteirista de Equilibrium, também é o responsável pelo pepino cinemagráfico "Ultravioleta". Recentemente, circula a notícia de que Wimmer está escrevendo o roteiro para o remake de Total Recall (O vingador do Futuro). MEDO!

2) Nada tenho contra filmes de baixo orçamento. Distrito 9 com muito menos, um bom roteiro e boas atuações (coisas indispensáveis), fez um ótimo filme.



Estética aliada à emoção
Por Janaina Medeiros



Essa relação estética e emoção utilizada para ilustrar o filme Equilibrium, nos deixa claro que
nossas emoções são altamente influenciadas pelo que vemos ouvidos ou sentimos. Todo o
cenário composto de cores sóbrias, o vestuário e a falta de expressão no semblante dos atores
são artifícios utilizados para deixar clara a falta de sentimento inexistente nos personagens.

Já nos filmes do Superman seja em que época for, somos apresentados a uma estética que
nos estimula a todo instante a emoções das mais diversas, tensão, angustia, euforia e
os personagens são bem mais próximos da nossa realidade, o que não acontece no filme
Equilibrium mesmo nas cenas de ação.

Se tivesse que escolher em qual desses dois mundos viver, escolheria o do Superman, pois não
saberia viver num universo onde não pudesse expressar meus sentimentos.


Sentir ou não sentir?
por Eliezer Neto

Ao assistir o filme, eu me perguntei: como seria isso na prática? E eu me respondi: Seria o fim do mundo. Pura ficção, ainda mais numa sociedade igual a nossa, que é tão emotiva e extremamente preocupada com questões estéticas, seja elas econômicas ou físicas. Afinal, o que vende é estética aliada com a emoção, ninguém compra um objeto feio, que não transmite sentimento nenhum, sem ser o de: ‘‘-Ah! Isso é muito feio!’’. Concordam?

Se Stephenie Meyer narrasse um mundo ‘‘Vampiresco’’ sem sentimentos, acho que ela faria exatamente como no filme: um mundo sem cor (que é uma característica estética gritante que faz toda diferença no contexto da história).
Durante todo o longa, a questão da emoção junto com a estética foi muito bem conduzida pelo autor desde o figurino até as expressões faciais nulas nos seres ‘‘drogados’’ (mesmo achando a atuação do protagonista fraca).

Fica clara a mensagem do autor sobre toda essa questão da emoção. Na minha opinião todas essas cenas de ação (Milhões de tiros com uma única arma na mão de um malabarista) foram inseridas para ‘‘vender’’ o filme, em outras palavras: vamos falar de sentimento e emoção para/com homens!!

O que sentimos destrói o mundo? Pergunta para livros de auto-ajuda. A resposta parece simples, mas, se analisada mais detalhadamente, não consigo chegar numa resposta. Agora uma coisa é certa: sentimento é o motivo da mudança. Sentir ou não sentir? Mudar ou não?

A minha escolha como designer é sentir e fazer você sentir. Eu quero mudar, diferenciar e emocionar.


Todos podem ser heróis
por Ricardo Fontes


O Filme Equlibrium tem como trama principal, uma sociedade dominada e controlada por uma autoridade fria e revolucionaria que tem em seus objetivos a pacificação entre os seres humanos através de princípios que fogem da naturalidade dos homens.
A estética do filme explora visuais de uma sociedade “contemporânea”, uma cidade evolucionada com os avanços da tecnologia e arquitetura, e personagens vestidos com roupas bem acabadas e elegantes. Características essas, que constituíram emoções no desenvolver da historia.
É notável a dominação e a alusão a um comandante expressas durante o filme através de cenas e ocorrências: a voz grave discursando palavras objetivas, dando a expressão de autoridade, ou a fileira de homens divididos ordenadamente como nos tempos de guerra onde os mesmos eram servidores do domínio e da idolatria.
Mas em torno dessa superioridade, surge um “rebelde” que luta pelos seus e pela sociedade “o direito de ser um ser humano”, tornando-se um herói em meios as muitas “marionetes”.
Mas o “herói” pode ser mesmo chamado de herói? Ele se preparou para enfrentar os inimigos, uma pessoa que se prepara para enfrentar um problema é capaz de vencer-lo. Viver num mundo de Equilibrium é viver numa realidade próxima, mas com políticas diferentes, viver num mundo onde temos o “Super- Homem” é estar distante da realidade, por se tratar de um ser dotado de poderes sobre humanos, mas se essa fantasia existisse certamente seria uma realidade a se querer, pois seria mais uma ajudinha que teríamos em nossas vidas, indo além do mundo de Equilibrium.

Minha percepção estética
por Maísa Rozendo

Bom, cheguei em casa da faculdade para assistir ao filme e sinceramente, logo no início pude perceber que não era o tipo de filme que eu particularmente gosto de assistir. Com uma estética escura, cinza, tudo sem cor, pessoas aparentemente iguais, vestidas do mesmo modo, sem expressão facial, muitos tiros, efeitos super-especiais, e com alguma missão na história que eu ainda não tinha compreendido.
Depois comecei a entender que a missão e regra daquele lugar era que todos não podiam ter sentimentos, não podiam expressar o que sentiam, daí compreendi e comecei achar muito interessante a referência estética, o porque da falta de expressão facial dos personagens, a proibição de ter contatos com os objetos pessoais que possuíam formas e cores, pois isto tudo contribuía para os seres humanos sentirem algo.
Interessante a maneira como eu estava assistindo o filme, porque vi no meu computador, porém só acompanhando as legendas, por ser muito tarde e estar sem fone de ouvido, desliguei o som.
A percepção de ser um filme que tratava A PROIBIÇÃO DO SENTIMENTO, com uma estética aqui já descrita, tornou-se para mim, mais sem emoção, por não ouvir os sons que teria na trilha.


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Coca-cola e a estética feminina nas propagandas

A estética de uma determinada época, acompanha os acontecimentos e tendências vigentes daquele momento histórico. Segue abaixo análise da estética feminina nas propagandas da Coca-cola em 3 em períodos diferentes.

1915

O anúncio retrata a mulher recatada, com os clássicos sorrisos posados, identicos em qualquer anúncio da epoca, seja qual for o produto. As roupas sugerem um período de dominação masculina e grande pudor nas atividades sociais publicas, como o fato de ir à praia. Mesmo para os banhistas (ao fundo) o corpo não fica todo à mostra. Na cena em primeiro plano se encontram, aparentemente mãe e filha (pela distinção das roupas). É período da Primeira Guerra Mundial. O espartilho foi banida da vida feminina, e pedem-se roupas mais ágeis e com menos volume. As técnicas gráficas, ainda com recursos limitados, trabalham com ilustrações que procuram atingir o máximo nível de realidade.


1965

Ao esterótipo, mulher branca rósea, somente o corpo esbelto (quando não magro). Notam-se roupas mais funcionais e próprias para as atividades, diferente das moças que em 19... ia à praia de vestido e sombrinha. Esta é a decada em que o feminismo dá passos mais firmes revolucionando o comportamento da sociedade, criando aos poucos uma nova visão da mulher.

Os conceitos morais no entanto ainda estão arraigados ao nucleo familia. A mulher ainda está atrelada ao homem. Coincidencia ou não, ela "serve" a coca-cola ao homem no anuncio. Apesar do corpo da mulher estar à mostra, o foco principal não é a sensualidade, e sim a diversão, vinculada ao produto. As técnicas gráficas associadas à fotografia já permitem propagandas mais elaboradas. A fotografia, como uma forma de "captar a realidade" (ainda que uma realidade idealizada), se torna o grande elemento das propagandas da época.


2010


Acompanhando o atual pluralismo de valores dos dias atuais, a Coca-cola segmenta seu foco a partir de 2000. Até então, de forma geral, o publico alvo (ainda que com alguns publicos bem específicos) era a familia como um todo, pai, mãe e filhos. Nos dias atuais esse não é mais o único modelo de familia existente.

A mãe não é mais somente mãe e dona de casa. Isso pode ser percebido no primeiro anuncio, especifico para a ocasião do dia das mães. As roupas, apesar não explicito, demonstram uma mulher com as faces de mãe, dona de casa (representada através cozinha) e também pode trabalhar fora. Nota-se que não é necessaria a presença do homem para representar o conceito de família nesta situação, ou qualquer outro elemento que a ligue ao homem.



Exemplificando a questão da liberação sexual, temos na sequencia um segundo anuncio, protagonizado pela modelo Carmem Electra. A mulher é dona de seu corpo, e a propaganda sabe, e usufrui disso. Corpos magros ou "sarados", ditam a estética jovem a ser alcançada pelo público.


A mulher antes um elemento da cena, toma destaque como apelo sexual de venda, com foco no publico jovem e masculino. Interessante notar o link feito com a história da coca-cola, através freezer antigo e a garrafa na mão da modelo (será que algum homem enxergou essas coisas?).

Os atuais avanços tecnológicos e ferramentas de edição de imagem, permitem o controle máximo da estética corporal em um anuncio, através de correções de "imperfeições", onde a modelo não mais necessitam estar com tudo em cima, 100%. Atualmente, nada nos garante que a modelo acima não seja a apresentadora Hebe photoshopada.



O pluralismo e a valorização do indivíduo traz como pontos positivos, queda das estéticas dominantes, e a possibilidade de coexistência de estéticas diferenciadas. A publicidade, o marketing, e o design já perceberam isso, trabalhando para atingir com o mesmo produto os mais diversos tipos de público, bastando fazer as devidas adequações ao universo ao qual ela se dirige, se apropriando de sua estética, simbolismos, linguagem e outros elementos relevantes.

Os consumidores devem estar atentos, pois a todo momento lhes é empurrada goela abaixo um modo de ser, pensar e viver. Tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém. O que vale é ser você mesmo!


Links:
No site Coca Cola History, é possivel ver outras propagandas dividas por época até os dias atuais, com grande acervo disponivel para a consulta.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Pablo Picasso



Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santíssima Trinidad Ruiz Picasso ou também Criação, Técnica, Expressão, Estilo, Forma, Real, Ousadia, Trabalho, Obra, Sentimento. Qualquer que fosse o nome ou palavra não poderiam representar a genialidade e a versatilidade de Pablo Picasso.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mind Map

A partir de 4 artistas criamos um mapa mental de palavras que os relacionavam, tais palavras foram analisadas e discutidas entre o grupo, o que nos possibilitou sintetizar as principais características através de palavras sinônimas e até mesmo iguais.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Multi o que?

No ar o blog do coletivo de design MULTIVERSO!
Formado pelos designers Eliezer Neto, Elton Rodrigues, Janaina Medeiros, Maisa Rozendo e Ricardo Fontes, do 6º período do curso de graduação em Design do Centro Universitário UniFOA, o blog apresentará os projetos desenvolvidos pelo coletivo e notícias relacionadas à area de design. O blog faz parte da disciplina de estética, lecionada pelo professor Marcos Archanjo.
Seja bem vindo!



Logotipo e aplicação em bottom




Mas que afinal de contas é "Multiverso"?

Cada pessoa traz consigo, o que chamamos de "um universo" (ou universos) de informações, experiências, referências, habilidades únicas. E, a partir dessa premissa, o grupo pretende ser um ponto de convergência entre estes "universos" tão diferentes entre si, aplicando esta pluralidade nos projetos desenvolvidos pelo grupo. Outro ponto fundamental, é a referencia à "universos paralelos", tema recorrente em diversas obras de ficção científica, onde mundos diferentes, inovadores, as vezes inimagináveis, coexistem a partir de uma infinita combinação de possibilidades. Esses universos inimagináveis, nos trazem a idéia de ousadia, experimentação, inovação e até de novos paradigmas.

Somando-se estes dois pontos chave chegamos ao nome do coletivo: MULTIVERSO.
Múltiplas idéias, infinitas possibilidades.